sábado, 11 de junho de 2011

Dia dos Namorados

Em comemoração ao dia dos namorados, na ultima quarta-feira, o grupo Rainha das Famílias realizou um baile de namorados. Inicialmente alguns casais ficaram inibidos, mais foram se soltando aos poucos e no embalar de músicas católicas que expressam o amor foi se criando um clica romântico entre os participantes.
Após algumas músicas e "danças" tivemos o momento de oração pelos casais, pelas famílias que participam do projeto seguido de uma partilha do momento vivenciado por todos.
Um grande benção para todos, onde juntos vivenciamos um momento romântico e repleto do amor de Deus!




Agradecemos a decoração feita pelo nosso irmao Francisco, que Deus o abençoe e o santifique a cada dia!


Renata e Henrique

Renata e Henrique, Viviane e Marcos

Lurdinha e Amauri

Valdilene e Wagner

Rosinha e Zé Filho

Fernanda e Fabiano, e o filho Fábio.

Viviane e Marcos

Henrique Renata, Vivia e Marcos, no centro da foto nosso irmão Francisco
responsável pela decoração do baile.

Jesus, Maria e José, nossa família vossa é!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Namorar para quê?

Já ouvi alguém dizer, erroneamente, que “o casamento é um tiro no escuro”; isto é, não se sabe onde vai acertar; não se sabe se vai dar certo. Todo casamento começa em um namoro; por isso não se pode levá-lo na brincadeira; é coisa séria. A preparação para o seu casamento começa no namoro, quando você conhece o outro e verifica se há afinidade dele com você e com os seus valores. Se o seu namoro for sério, seu casamento não será um tiro no escuro nem uma roleta da sorte.

Só comece a namorar quando você souber “por que” vai namorar. A idade em que você deve começar a namorar é aquela na qual você já pensa no casamento, com seriedade, mesmo que este ainda esteja longe de acontecer. Não se faz nada bem feito na vida se nós não temos uma meta a atingir.

Para que você possa fazer bem uma escolha é preciso que saiba antes o que você quer. Sem isso a escolha fica difícil. Que tipo de rapaz você quer? Quais qualidades a sua namorada deve ter? O que você espera dele ou dela? Essa premissa é fundamental. Se você não sabe o que quer, acaba levando qualquer um…

quarta-feira, 6 de abril de 2011

O Valor do Matrimônio


Um Filho Que Nasce Não Deveria Ser Uma Fatalidade


A palavra "sexo" deveria nos fazer pensar imediatamente no leito matrimonial. Mas, infelizmente, não é assim. Logo, se quisermos compreender a sexualidade como foi criada por Deus, devemos passar por uma verdadeira metanóia, uma conversao, uma mudança de mentalidade.
Santo Agostinho, neste processo de transformação do coração, vem em nosso auxílio com seu ensinamento e o seu exemplo. Longe do puritanismo dos hereges, o Doutor de Hipona aceita plena e humildemente o Criador e compreende que é seu dever de cristão considerar Suas obras boas. É com este olhar humilde que ele contempla a realidade do matrimônio e descobre nela um tríplice valor. Trata-se das três bondades (tria bona) do matrimônio.
Esta bondade é dividida em três partes: a fé, a prole, o sacramento. Na [parte da] fé toma cuidado para que, fora do vínculo do casal, não tenham relações com outra ou com outro. Na prole, para que os filhos sejam recebidos com amor, nutridos com bondade e educados religiosamente. No sacramento para que o enlace não se desfaça e o repudiado ou a repudiada se una a outra pessoa, nem mesmo por causa da prole. Esta é como que a regra do matrimônio, pela qual a fecundidade da natureza é ornada, ou a perversidade de incontinência é norteada.
Nota-se, deste modo, que o valor do matrimônio não se encontra apenas na procriação. Se o matrimônio fosse apenas para a procriação, poderíamos compará-lo com um viveiro ou um canteiro artificial onde a única finalidade das pobres plantinhas é "crescer e se multiplicar", aglomeradas naquele espaço acanhado. Se assim o fosse, o casamento seria um lugar asfixiante! Ao contrário, o matrimônio é um jardim. É neste ambiente airoso, onde brotam igualmente a flor e a erva daninha, que somos chamados a colher o fruto da vida. Um filho que nasce não deveria ser uma fatalidade, mas a celebração de uma vida que antes já existia: uma vida a dois, uma comunidade de vida e de amor que não pode ser rompida. Para expressar a união destas duas vidas, Santo Agostinho usou a palavra fides – fé, fidelidade matrimonial.
Ora, esta união é o pressuposto para que possam surgir os filhos (prolis). E a razão é evidente: um filho, que é para sempre, tem direito a ter um pai e uma mãe, para sempre.
E Santo Agostinho não para por aí. Todas as expressões de união física do casal (o contato sexual, a comunidade de vida, os filhos, a partilha dos bens etc.) seriam superficiais, se não fossem precedidas por uma união espiritual (sacramentum). No matrimônio, duas pessoas celebram uma aliança em Cristo Jesus que, selada pela graça do Espírito Santo, tem em vista o Reinado de Deus Pai.
Iluminados por este ensinamento, podemos perceber que quando a união sexual é vivida fora do seu contexto espiritual, o ser humano parece que é mutilado. Transformar o prazer sensível na única finalidade do sexo é perverter a relação do homem com Deus, consigo mesmo e com o seu próximo.
(Trecho do livro "Um olhar que cura - Terapia das doenças espirituais" – pag. 91,92,93).
Pe. Paulo Ricardo

Meu filho tem amigos imaginários


Faz parte da educação conhecer as fases de desenvolvimento da criança



Imagem de Destaque
Como parte do desenvolvimento do comportamento infantil, temos presente, a partir do segundo ano de vida, o mundo do "faz de conta" de forma paralela ao mundo real, o qual se apresenta cheio de vivências fantasiosas, as chamadas fantasias infantis. Esta fase de vida da criança se estende até os 6 anos dela aproximadamente. Nessa fase, geralmente, os pais notam que os filhos criam os amigos invisíveis, com os quais brincam, conversam e até guardam doces ou comidas. Num primeiro momento parece algo "fora do normal", mas, para lidar com o mundo real que ainda é muito difícil de ser aceito e também assimilado, a criança passa a criar seu próprio mundo, o qual lhe permite viver e encontrar solução para tudo e onde tudo é possível.
A criança faz seus pensamentos mágicos e suas projeções, vivenciando suas fantasias e suas conversas secretas, aprendendo a lidar com um mundo subjetivo, ou seja, começa a perceber aspectos ligados à abstração, como por exemplo, que cabeça-dura não é apenas uma cabeça dura como pedra, e sim, uma expressão que significa alguém teimoso.
É o que aparece nesse mundo do faz de conta; nele a criança "conviverá" com os mitos, os super-heróis, as lendas, tendo sentimentos de medo, de choro, de risadas súbitas, cujo objetivo é ajudá-la no desenvolvimento.
É importante lembrar aos pais que, como toda fase de desenvolvimento, esta também vai passar, ou seja, por volta dos 6 ou 7 anos de idade; quando as funções de memória, lógica e inteligência já estão com um desenvolvimento mais avançado, tais fantasias tendem a passar.
A partir dessa época, a criança passa a vivenciar sensações de angústia e ansiedade, as quais, muitas vezes, são mais intensas do que podemos imaginar e nem sempre estão ligadas a experiências anteriores, mas sim, ligadas ao próprio desenvolvimento infantil. Você se lembra quando foi para a escola pela primeira vez? Para alguns indivíduos esse evento foi muito desejado e esperado? Já para algumas crianças, ir para escola foi extremamente triste e difícil por terem dificuldade de conviver com outras pessoas que não o pai e a mãe.
Ao expressar seus medos (escuro, novas situações, da chuva, do vento forte ou de qualquer situação desconhecida) a criança mostra toda a fragilidade daquilo que não consegue dominar ou perceber a fonte. Portanto, cria seu próprio universo, seu mundo de fantasia, no desejo de resolver seus medos, trabalhar suas angústias e seus desejos, dando vida aos brinquedos, dando vozes aos seus bonecos. Por volta dos três anos de idade, ela inventa um companheiro imaginário para conversar e brincar. Geralmente este personagem é bom, prestativo e é dirigido e comandado por ela, o que lhe dá uma sensação de controle e poder.
Se você perceber bem, quantas vezes já pegou sua filha dando bronca nas bonecas assim como você faz como ela? E seu filho, reproduzindo cenas de violência que vê na TV ou mesmo em casa, com seus soldadinhos fortes e poderosos?
Fique alerta para o cuidado com janelas ou objetos que possam gerar algum perigo para os filhos. Lembro-me de uma amiga cujo filho, vestido de homem-aranha, subiu na janela do apartamento para tentar saltar, pois ele tinha "poderes mágicos" de escalar paredes e ele não cairia. Ufa! Que susto!
Nesses momentos vividos pela criança, faz-se necessário o redobrar de cuidados, principalmente com janelas ou objetos que ofereçam perigo, pois ela pode se sentir tentada a imitar o modo de atuar de seus personagens.
Lembre-se de que não apenas os pais querem ter sucesso no papel de cuidadores e responsáveis pelo crescimento da criança, mas, da mesma forma, esta expressa seus conflitos e suas angústias no seu modo de brincar, de reagir com o grupo; como o adulto, ela [criança] tem alta expectativa de não decepcionar os genitores, que são as figuras mais importantes e dos quais ela tem grande dependência física e emocional.
O que quero dizer com tudo isso é que você pai e você mãe podem aprender muito conhecendo as fases de desenvolvimento da criança e, com isso, estabelecer um relacionamento próximo e com muito amor e compreensão, algo essencial para o crescimento emocional sadio de uma criança.

Fonte:
Foto
Elaine Ribeiro
psicologia01@cancaonova.com
Elaine Ribeiro, colaboradora da Comunidade Canção Nova, formada em Psicologia Clínica e Pós-Graduada em Gestão de Pessoas.

Casamento, jornada prazerosa

Casamento, jornada prazerosa


Dom Sérgio Krzywy

Solta rolava a conversa entre as duas amigas. Uma delas, jovem ainda pela minha estimativa, comentava o seu recente rompimento com o companheiro com quem vivia havia poucos anos. Discorria que era a sua segunda separação. Falava disso com a maior naturalidade, sem demonstrar abatimento ou embaraço. A sua condição lhe parecia tão natural que confidenciou à amiga que já estava de namorado novo! A desenvoltura com que as duas conversavam me deixou, confesso, perplexo. É verdade, recentes noticiários confirmam o aumento do número de separações e divórcios. Amplo e complicado é o assunto para ser esgotado em poucas linhas. Cada caso de separação é diferente e único. Torna-se, portanto, temerário e injusto querer julgar precipitadamente e de uma forma linear todas as situações de separação. O contato diário com casais mostra que alguns rompimentos são mesmo inevitáveis. Uniões há impossíveis de ser mantidas. Por outro lado, é preciso reconhecer, acontecem rompimentos precipitados e levianos.
Observa-se, com alarmante preocupação, a plácida aceitação da mentalidade divorcista. O relacionamento entre as pessoas está pautado pela cultura do descartável predominante. No comércio, qualquer mercadoria merece apreço enquanto for útil. Vencido o período funcional troca-se de produto. Muitos sequer se dão ao trabalho de tentar o conserto. Preferem comprar logo um modelo novo. Dizem os entendidos, que os produtos são feitos hoje para durar pouco. Lamentavelmente, é esta a mentalidade que regula e pauta as relações amorosas hodiernas. Quando o companheiro (a) começa a apresentar defeitos e limitações, algo inevitável entre seres humanos, ao invés de sentar e conversar para tentar corrigir falhas e ajustar rumos, prefere-se o atalho mais comum, decide-se que não dá mais, que é preciso dar um tempo.
O casamento está encarado mais como uma aventura arriscada do que como uma opção de vida. É este um dos motivos mais sérios na atual crise que atinge o matrimônio. Sabe-se, o convívio humano é difícil. São pessoas com vidas e históricos diversos que têm que se ajustar a um mesmo compasso, sem perder a grandeza da individualidade. Interesses e hábitos conflitivos, se não forem prudentemente administrados, ameaçam a sempre delicada harmonia. Há ainda as limitações de caráter inerentes à condição humana e que esticam ao limite a paciência e a tolerância do companheiro (a). Compreende-se, não basta só gostar para casar! É preciso ter claro ser esta uma opção de vida, assumida com todas as conseqüências e desafios. Quando ainda se entende que é Deus quem chama este casal para o casamento com o objetivo de revelar ao mundo quanto é fiel e constante o amor que o Pai do céu guarda por todos, passa-se a empenhar-se para construir uma união sólida e harmoniosa, capaz de corrigir e superar os constantes contratempos e revezes. O casal cristão é chamado para testemunhar a fidelidade do amor de Deus.
Casamento é vocação, não loteria. Casamento é escolha consciente e responsável, não uma aventura leviana. Casamento é uma jornada, lenta, persistente, mas profundamente prazerosa, rumo à felicidade, na companhia de uma pessoa que se escolheu amar com fidelidade e dedicação. E sem prazo de vencimento.

Vocacao Matrimonial

Dom José Alberto Moura


Vivemos num contexto social de muitas “éticas” até confrontantes. As desculpas para não se seguirem valores inerentes à natureza e a verdades objetivas são muitas. A título de se ser moderno ou não retrógrado passa-se, não raro, por cima da verdade e do direito em função do modismo ou da satisfação pessoal. Compromissos com valores da dignidade humana, da família, do sexo, do respeito aos indefesos, do meio ambiente e do bem comum ficam para os que são formados e assumem a altivez de caráter como valor acima de outros interesses.

Na ordem afetiva, sentimental e sexual se fica muito à mercê da propaganda e dos desejos impulsionados pela libido e pela sensorialidade. Tais desejos nem sempre são canalizados por valores que orientam a pessoa à consecução da felicidade como conjugação do prazer momentâneo e aquele da realização de um ideal de vida. Fixando-se mais no animalesco do que no sentido da vida plenificado com valores éticos, morais e sociais, a pessoa está sujeita à irracionalidade do uso e da busca do prazer momentâneo como sendo isto absoluto. Nessa direção, a pessoa se torna insaciável e não encontra no prazer momentâneo um sentido mais elevado e realizador da vida.

Na trilha e na busca de sentido para a convivência matrimonial, pode haver ledo engano de realização humana, quando homem e mulher não se unirem em vista de uma real vocação conjugal. O impulso para o casamento, baseado unicamente no sensorial ou no desejo de os dois se gratificarem na complementaridade afetiva e sexual, frequentemente pode ser rompido com algum desequilíbrio de doação de um pelo outro. Havendo, porém, em ambos, a consciência e o pacto de mútua ajuda para conseguirem um ideal de vida por motivo de um sentido de vida maior, dá-se base de fecundidade na vocação matrimonial. Para isso, é preciso orientação e formação para o valor do casamento como verdadeira vocação. Preparação para tanto é fundamental.

Caso contrário, viveremos cada vez mais a panacéia de uniões que não levam à realização das pessoas que se casam, com as consequências muitas vezes danosas para tantos filhos! Não à toa Jesus Cristo fala da união para sempre do casamento entre homem e mulher, para a busca da felicidade, que está num ideal de vida buscado perenemente. A bênção divina está no bojo de tal encaminhamento. Mas é preciso, nessa direção, haver preparação, vontade e responsabilidade de construção da vida a dois para valer.

Nada, assim, vai tirar o casal do sério de uma vida de amor e doação autênticos. Meios coadjuvantes para isso encontramos na ordem natural e sobrenatural: diálogo, compreensão, boa vontade, colaboração, valorização do outro, perdão, oração, meditação na Palavra de Deus, sacramentos, aceitação das observações do outro, aconselhamento...

Muitos são os obstáculos para que o amor matrimonial corra nessa perspectiva. A influência do paganismo, da mediocridade, falta de formação e influência de grandes meios de comunicação materialistas dificultam a juventude a se pautar na vida por valores acima apresentados. Aliás, na sociedade vemos duas vocações de fundamental importância: a família e a política. Justamente para as duas há muita falta de preparo! As consequências são óbvias!

A Palavra de Deus nos auxilia para valorizarmos a vocação matrimonial: “Maridos, amai as vossas mulheres, como o Cristo amou a Igreja e se entregou por Ela... Assim é que o marido deve amar a sua mulher, como ao seu próprio corpo... Por isso o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher e os dois serão uma só carne” (Ef 5, 25.28.31).

Papa afirma que uso de anticoncepcionais nega o objetivo do casamento

03.10.2008 - O papa afirmou hoje que os anticoncepcionais negam o objetivo do casamento, que - segundo ele - é ter filhos, e assim se mostrou partidário dos métodos naturais "que permitem ao casal determinar os períodos de fertilidade".
Bento XVI afirmou isto na mensagem que enviou a um congresso realizado em Roma para comemorar o aniversário de 40 anos da promulgação por Paulo VI da encíclica Humanae Vitae.
"A possibilidade de procriar faz parte da total entrega dos cônjuges. Qualquer forma de amor tende a divulgar a plenitude com que se vive e o amor conjugal tem um modo próprio de se comunicar, que é gerar filhos", declarou o líder católico.
Ele acrescentou que "excluir" esta dimensão "por meio de ações que impeçam a procriação significa negar a verdade íntima do amor conjugal".
A este respeito destacou o parágrafo da Humanae Vitae que diz: "Caso não queira se expor à mercê dos homens a missão de gerar a vida, deve-se reconhecer necessariamente limites - que não se podem evitar -, à possibilidade do domínio do homem sobre seu próprio corpo e suas funções, limite que nenhum homem - mesmo privado ou revestido de autoridade - pode infringir".
O líder católico afirmou que os filhos são um "dom, que é necessário acolher com responsabilidade generosa para com Deus".
O papa reconheceu que na vida de muitos casais há "graves" momentos que "aconselham distanciar o nascimento dos filhos ou inclusive suspendê-lo" e neste ponto defendeu o uso de métodos contraceptivos naturais.
"Nesse momento o conhecimento dos ritmos naturais da fertilidade da mulher é muito importante para a vida do casal. Estes métodos que permitem ao casal determinar os períodos de fertilidade lhe permitem administrar o que Deus inscreveu sabiamente na natureza humana, sem alterar o íntegro significado da entrega sexual", declarou o papa.
Além disso, o bispo de Roma "encorajou" os cientistas a prosseguirem suas pesquisas nesta área, "com o objetivo de prevenirem as causas da esterilidade, de forma que os casais estéreis possam procriar no respeito de sua dignidade pessoal e daquele que vai nascer".
Bento XVI criticou que muitas pessoas da sociedade atual, "entre eles muitos fiéis", tenham "tantas dificuldades" para entender a mensagem da Igreja, "que defende a beleza do amor conjugal em sua forma natural".
O papa destacou a obrigação de uma "paternidade responsável" e afirmou que a técnica "não pode substituir o amadurecimento da liberdade quando está em jogo o amor".

Fonte: Último Segundo

Comunicação pobre, relacionamento vazio

Situações mal resolvidas apenas tornam nosso convívio frio
A+A-
Encontrar a pessoa certa - que corresponda exatamente a tudo aquilo que gostamos ou não de fazer e que entenda perfeitamente nossos sentimentos diante de uma situação contrária - pode parecer ideal, mas pouco provável.
Cada indivíduo tem uma resposta diferente para determinada situação. Conhecer nossos limites e controlar as fraquezas de nossos temperamentos pode ser a “pitada” certa para dar equilíbrio aos nossos relacionamentos.
Muitas vezes, dentro do convívio do casal, vai acontecer algo que nos tire do sério. Nessas horas, as circunstâncias podem nos levar a atitudes tempestivas, as quais trarão à tona um comportamento pouco conhecido pelo nosso cônjuge. Por isso, saber que ninguém é um “super-homem” em virtudes ou uma “mulher maravilha” em compreensão nos permite conhecer as “misérias” do outro; e isso faz parte dos desafios de uma vida a dois.
Na partilha das realidades da vida conjugal percebemos as particularidades de temperamentos do cônjuge. Freqüentemente, ouvimos alguém dizer que, por medo das reações do outro diante de certa circunstância, preferiu se calar em vez de expor suas idéias e reivindicações em prol da harmonia desejada.
Há pessoas que lidam mais facilmente com os desafios; outras são mais racionais ou têm facilidade para assumir a liderança das coisas, e assim por diante. Entretanto, ninguém é puramente virtude, pois também trazemos conosco nossos defeitos. Entendendo que um relacionamento acontece numa “via de mão dupla”, precisamos estar atentos para não exigir do outro somente atitudes de perfeição, quando reconhecemos em nós mesmos defeitos, os quais podem ser corrigidos com a disposição em sermos melhores por causa do outro.
Nosso cônjuge é a pessoa mais indicada para apontar aquilo em que precisamos nos empenhar a fim de melhorar nosso temperamento; o que, conseqüentemente, acaba refletindo no convívio a dois.
Não é nada agradável ouvir que cometemos um engano nisso ou naquilo, especialmente de quem amamos; afinal, nosso próprio conceito é de ser alguém irrepreensível. No entanto, um bom relacionamento traz sinais de sucesso quando o casal se dispõe a viver a honestidade, sobretudo, de maneira respeitosa na franqueza dos diálogos. As atitudes defensivas ou a recusa de conversar sobre aquilo que o outro julga importante dizer em nada ajudará no crescimento dos laços entre os casais. Num convívio em que a comunicação entre as pessoas é pobre, os vínculos facilmente se enfraquecem e favorecem a desconfiança e a falta de respeito; atropelando, quase sempre, o direito e a integridade do outro.
Situações mal resolvidas apenas tornam nosso convívio frio. Antes mesmo que escoem pelos ralos os anos de amizade e comprometimento, a melhor atitude é falar sobre aquilo que parece não estar indo bem, a fim de encontrar uma saída, juntos, para uma situação que está tirando a paz no convívio.
Quando podemos contar com o interesse e a disposição do outro para nos ajudar a equacionar os impasses, a solução não parece ser tão impossível quanto parecia ser num primeiro instante.
Assim, juntos e com a boa vontade de quem quer nutrir o amor, conseguiremos nos moldar às necessidades do outro para o comum do novo estado de vida, para o qual somos impelidos a viver.

“Namoro, tempo de conhecer”

Texto escrito pelo Prof. Filipe Aquino.

Reze, entregue tua vida nas mãos de Deus, teu relacionamento no colo de Maria, leia e reflita este artigo:

Quando você vai comprar um sapato ou um vestido, não leva para casa o primeiro que experimenta, é claro. Você escolhe, escolhe… até gostar da cor, do modelo, do preço, e servir bem nos seus pés ou no seu corpo. Se você escolhe com tanto cuidado um simples sapato, uma calça, quanto mais cuidado você precisa ter ao “escolher” a pessoa que deve viver ao seu lado para sempre, construir uma vida a dois com você, e dando vida a novas pessoas.
Talvez você possa um dia mudar de casa, mudar de profissão, mudar de cidade, mas não acontece o mesmo no casamento. É claro que você não vai escolher a futura esposa, ou o futuro marido, como se escolhe um sapato. Já dizia o poeta que com gente é diferente. Mas, no fundo, será também uma criteriosa escolha.

A escolha do namorado não pode ser feita só por fora; mas principalmente por dentro. O Pequeno Príncipe nos ensinou que o mais importante é invisível aos olhos. O namoro é este belo tempo de saudável relacionamento entre os jovens, no qual, conhecendo-se mutuamente, vão se descobrindo e fazendo a grande escolha.

Amor de Pai

O Pai Encarna A Autoridade Que Faz Crescer

"A família é formadora de valores humanos e cristãos". Um dos valores a serem destacados é a figura do pai, muitas vezes, desgastada pela dificuldade com que se olha ao redor, pondo em relevo mais as experiências negativas do que a quantidade de homens que descobriram e vivem de forma tão silenciosa quanto verdadeira a sua vocação e a sua missão. As pastorais e movimentos que se dedicam à Família têm oferecido uma ajuda preciosa para o aprendizado da missão paterna, quando possibilitam a escuta recíproca, na qual as experiências dos outros aplainam o caminho para o exercício da paternidade.

"A vida eterna consiste nisto: que te conheçam a ti, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste" (Jo 17, 3). Toda a vida cristã é como uma grande peregrinação para a casa do Pai, de quem se descobre todos os dias o amor incondicional por cada criatura humana e, em particular, pelo «filho perdido» (cf. Lc 15, 11-32). Tal peregrinação parte do íntimo da pessoa, alargando-se depois à comunidade de fé até alcançar a humanidade inteira. A crise de civilização manifestou o ser humano tecnologicamente mais desenvolvido, mas interiormente empobrecido pelo esquecimento ou pela marginalização de Deus. À crise de civilização há que responder com a civilização do amor, fundada sobre os valores universais de paz, solidariedade, justiça e liberdade, que encontram em Cristo a sua plena atuação (Cf. Tertio Millenio Adveniente, 49-54).

A lucidez com que o Servo de Deus João Paulo II preparou a Igreja e a humanidade para o Grande Jubileu continua sendo preciosa para a compreensão de várias situações em que nos encontramos, sendo uma delas a crise da figura do pai. E muitas vezes se criam dificuldades para falar de Deus Pai, argumentando ser frágil a imagem paterna que as pessoas têm. João Paulo II notou que é necessário inverter a ordem das coisas. Não é Deus que realiza a figura do pai terreno, mas os pais da terra é que devem se espelhar no Pai do Céu. Você é filho ou filha de um Pai bondoso, forte e comprometido, um Pai suficientemente sábio para guiá-lo no caminho, suficientemente generoso para caminhar ao seu lado a cada passo. Essa talvez seja a coisa mais difícil de acreditar, realmente acreditar, do fundo do coração, de modo que nos mude para sempre, que mude a maneira como encaramos cada dia (cf. John Eldredge, "A grande aventura masculina").

No âmbito da educação familiar, as ciências humanas estão descobrindo sempre mais a importância da figura paterna em vista de um desenvolvimento harmonioso dos filhos. Se a mãe encarna o acolhimento, a compreensão, o afeto protetor, o pai encarna a autoridade que fez crescer, faz sair do narcisismo infantil, introduz a pessoa na realidade, estimula a iniciativa, o altruísmo, o sentido de limite, a responsabilidade. Obviamente, para uma adequada relação educativa, o pai deve evitar o autoritarismo e o espírito de domínio, saber unir a ternura e a mansidão à racionalidade e à firmeza.

Ser pai é uma vocação, uma graça especial dada por Deus, para a qual o homem deve preparar-se, percorrendo as etapas de seu amadurecimento, chegando à capacidade de doar-se. O pai provedor, imagem tão ligada à sua missão, não desapareceu e continua tendo lugar nas próprias famílias e na sociedade. Só que sua realização exige um processo de aprendizagem, no qual a superação do egoísmo encontra espaço privilegiado. Para prover, o pai aprenda a prever e prevenir, antecipando-se em suas atenções com os filhos e, é claro, com sua esposa. Olhe para o alto, para aquele que é “o” Pai (cf. II Cor 6, 18), pois somente quem sabe ser filho aprende a ser pai, o que significa saber ouvir, não ser o dono da verdade, perguntar, aprender sempre de novo e aprender mais. E peça ardentemente, em sua oração, a graça de ser pai!

Nosso agradecimento a todos os homens que descobriram esta maravilhosa vocação. A eles chegue também nossa bênção, que desejamos estendida a todas as famílias, por intermédio dos próprios pais, aos quais pedimos abençoarem suas esposas e filhos no dia que lhes é consagrado. De fato, cada pai crie a oportunidade, neste dia, para transmitir a bênção de Deus a seus familiares. É direito e dever! 

Fonte: Acampamento para as Familias  (cancaonova.com)

Foto  
Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém - PA

Amor de Pai

O pai encarna a autoridade que faz crescer

Imagem de Destaque"A família é formadora de valores humanos e cristãos". Um dos valores a serem destacados é a figura do pai, muitas vezes, desgastada pela dificuldade com que se olha ao redor, pondo em relevo mais as experiências negativas do que a quantidade de homens que descobriram e vivem de forma tão silenciosa quanto verdadeira a sua vocação e a sua missão. As pastorais e movimentos que se dedicam à Família têm oferecido uma ajuda preciosa para o aprendizado da missão paterna, quando possibilitam a escuta recíproca, na qual as experiências dos outros aplainam o caminho para o exercício da paternidade.

"A vida eterna consiste nisto: que te conheçam a ti, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste" (Jo 17, 3). Toda a vida cristã é como uma grande peregrinação para a casa do Pai, de quem se descobre todos os dias o amor incondicional por cada criatura humana e, em particular, pelo «filho perdido» (cf. Lc 15, 11-32). Tal peregrinação parte do íntimo da pessoa, alargando-se depois à comunidade de fé até alcançar a humanidade inteira. A crise de civilização manifestou o ser humano tecnologicamente mais desenvolvido, mas interiormente empobrecido pelo esquecimento ou pela marginalização de Deus. À crise de civilização há que responder com a civilização do amor, fundada sobre os valores universais de paz, solidariedade, justiça e liberdade, que encontram em Cristo a sua plena atuação (Cf. Tertio Millenio Adveniente, 49-54).

A lucidez com que o Servo de Deus João Paulo II preparou a Igreja e a humanidade para o Grande Jubileu continua sendo preciosa para a compreensão de várias situações em que nos encontramos, sendo uma delas a crise da figura do pai. E muitas vezes se criam dificuldades para falar de Deus Pai, argumentando ser frágil a imagem paterna que as pessoas têm. João Paulo II notou que é necessário inverter a ordem das coisas. Não é Deus que realiza a figura do pai terreno, mas os pais da terra é que devem se espelhar no Pai do Céu. Você é filho ou filha de um Pai bondoso, forte e comprometido, um Pai suficientemente sábio para guiá-lo no caminho, suficientemente generoso para caminhar ao seu lado a cada passo. Essa talvez seja a coisa mais difícil de acreditar, realmente acreditar, do fundo do coração, de modo que nos mude para sempre, que mude a maneira como encaramos cada dia (cf. John Eldredge, "A grande aventura masculina").

No âmbito da educação familiar, as ciências humanas estão descobrindo sempre mais a importância da figura paterna em vista de um desenvolvimento harmonioso dos filhos. Se a mãe encarna o acolhimento, a compreensão, o afeto protetor, o pai encarna a autoridade que fez crescer, faz sair do narcisismo infantil, introduz a pessoa na realidade, estimula a iniciativa, o altruísmo, o sentido de limite, a responsabilidade. Obviamente, para uma adequada relação educativa, o pai deve evitar o autoritarismo e o espírito de domínio, saber unir a ternura e a mansidão à racionalidade e à firmeza.

Ser pai é uma vocação, uma graça especial dada por Deus, para a qual o homem deve preparar-se, percorrendo as etapas de seu amadurecimento, chegando à capacidade de doar-se. O pai provedor, imagem tão ligada à sua missão, não desapareceu e continua tendo lugar nas próprias famílias e na sociedade. Só que sua realização exige um processo de aprendizagem, no qual a superação do egoísmo encontra espaço privilegiado. Para prover, o pai aprenda a prever e prevenir, antecipando-se em suas atenções com os filhos e, é claro, com sua esposa. Olhe para o alto, para aquele que é “o” Pai (cf. II Cor 6, 18), pois somente quem sabe ser filho aprende a ser pai, o que significa saber ouvir, não ser o dono da verdade, perguntar, aprender sempre de novo e aprender mais. E peça ardentemente, em sua oração, a graça de ser pai!

Nosso agradecimento a todos os homens que descobriram esta maravilhosa vocação. A eles chegue também nossa bênção, que desejamos estendida a todas as famílias, por intermédio dos próprios pais, aos quais pedimos abençoarem suas esposas e filhos no dia que lhes é consagrado. De fato, cada pai crie a oportunidade, neste dia, para transmitir a bênção de Deus a seus familiares. É direito e dever! 
Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém - PA
 Fonte: cancaonova.com

Família, Oásis de Felicidade e Bem-estar

Irmãos, reunimo-nos para celebrar a Festa da Sagrada Família de Nazaré: Jesus, Maria e José. Ela é o modelo para cada uma de nossas famílias cristãs que, unidas pelo Sacramento do Matrimônio e alimentadas pela Palavra e pela Eucaristia, é convidada para levar até o fim sua vocação de ser célula viva, não só da sociedade, mas da Igreja, sinal e instrumento de unidade.
É característico de Mateus elaborar suas narrativas teológicas como sendo atualizações de antigas narrativas do Antigo Testamento. Nesse texto, sobre a ameaça de Herodes ao Menino Jesus e a fuga de José, com o Menino e a mãe, para o Egito, pode-se ver uma alusão à história de José do Egito. José, o sonhador, um dos doze filhos de Jacó (cf. Ex 37,5-11.19), ameaçado de morte pelos irmãos, encontra refúgio no Egito. Depois, os descendentes de Jacó no Egito são conduzidos de volta para Canaã (atual Palestina) por Moisés. Na narrativa de Mateus, São José, como José do Egito, também tem sonhos reveladores. Advertido em sonho por um anjo, diante da ameaça de morte para o Menino Jesus, José também busca refúgio no Egito. Mateus, então, afirma o cumprimento da escritura na volta de José, do Menino e da mãe: “Do Egito chamei meu filho” (cf. Os 11,1). De volta à Judeia, José é novamente advertido em sonho sobre o cruel Arquelau, indo buscar refúgio no norte da Palestina, na Galileia, em Nazaré. Jesus, um novo Moisés na visão de Mateus, ficou conhecido como “o Nazareno”. Na família e nas comunidades de discípulos, apesar de todas as tribulações, deve vigorar sempre a harmonia, na estima, no respeito e na gratidão mútuos. Jesus testemunhou um amor vivido na família aberto e transbordante para com todos os demais carentes da sociedade e do mundo.
Deixemos entrar em nosso coração a Palavra de Deus que hoje nos ajuda a construir a paz e a harmonia familiar. Deus quis ter na terra uma família. Ele quer que as famílias da terra sejam um oásis de felicidade e bem-estar. Por isso, deixemo-nos mover pela força espiritual da Sua Palavra. Meditemos sobre algumas frases que acabamos de escutar:
– Quem honra seu pai terá uma longa vida. – Quem obedece ao Senhor dará descanso à sua mãe. - Filho, ampara teu pai na velhice e não o desgostes!
Para sermos capazes de amar e ajudar os membros da nossa família, São Paulo pede-nos:
– Revesti-vos de sentimentos de misericórdia, compaixão, bondade, mansidão e paciência! – Perdoai-vos mutuamente. – Acima de tudo, revesti-vos da caridade, que é o vínculo da perfeição! – Reine em vós a paz de Cristo. – Cheios de gratidão cantai a Deus hinos e salmos de louvor! – Filhos, obedecei a vossos pais! – Pais, não exaspereis os vossos filhos!
A festa de hoje recorda-nos que Deus, ao enviar Seu Filho ao mundo, quis que Jesus se inserisse na comunidade humana de forma natural. Como todos nós, Cristo teve uma pátria, uma cidade, uma família. Uma mãe que O trouxe em seu seio, envolveu-O em panos, acariciou-O em seu colo. Um pai que O protegeu com toda a solicitude, trabalhou para sustentá-Lo com o pão de cada dia. Esta família tão simples, tão pobre, tão humilde, exteriormente em nada se distingue das outras famílias israelitas. E cumpre a vontade de Deus, observando o que estava determinado na Lei de Moisés: “Quarenta dias após a o nascimento de Jesus, Maria e José foram ao Templo de Jerusalém para O oferecerem ao Senhor. Ofereceram um par de rolas ou duas pombinhas, como todas as famílias pobres”.
Deus ama quem dá com alegria, quem faz a Sua vontade. Que alegria para São José e para a Virgem Maria as palavras pronunciadas por Simeão: “Este Menino é a salvação para todos os povos!”
Que alegria para São José e para a Santíssima Virgem o testemunho da profetiza Ana, que também estava presente e louvou a Deus, falando deste Menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém.
Um homem e uma mulher, unidos em matrimônio, formam com os filhos uma família. Deus instituiu a família e dotou-a da sua constituição fundamental. O matrimônio e a família são ordenados ao bem dos esposos e à procriação e educação dos filhos. A família torna-se Igreja doméstica, porque ela é uma comunidade de fé, de esperança e de amor. A família cristã manifesta e realiza a natureza de comunhão como família de Deus. Cada membro, a seu modo, exerce o sacerdócio batismal, contribuindo para fazer dela uma comunidade de graça e de oração, escola de virtudes humanas e cristãs, lugar de primeiro anúncio da fé aos filhos.
Em relação aos pais, os filhos devem respeito, reconhecimento, docilidade e obediência, contribuindo assim, também com boas relações entre irmãos e irmãs, para o crescimento da harmonia e da santidade de toda a vida familiar. Se os pais se encontrarem em situação de indigência, de doença, de solidão ou de velhice, os filhos adultos devem ajudar-lhes moral e materialmente.
Os pais, participantes da paternidade divina, são os primeiros responsáveis da educação dos filhos e os primeiros anunciadores da fé. Têm o dever de amar e respeitar os filhos como pessoas e filhos de Deus e dentro do possível, de prover suas necessidades materiais e espirituais, ajudando-os com prudentes conselhos na escolha da profissão e do estado de vida. Em particular, têm a missão de educá-los na fé cristã, com o exemplo, a oração, o testemunho de vida, a catequese familiar e a participação na vida eclesial.
Em comunhão com todas as famílias e com todos os crentes, cantemos a nossa gratidão utilizando o Salmo 127 da Santa Missa de hoje: “Ditosos os que temem o Senhor! Ditosos os que seguem os seus caminhos!”
Hoje, celebramos a festa da Sagrada Família. O Filho de Deus prepara-se para cumprir a Sua missão redentora, vivendo de maneira laboriosa e escondida na santa casa de Nazaré. Dessa forma, Ele, unido a todos os homens mediante a Encarnação (cf. Gaudium et spes, 22), santificou a família humana.
A Sagrada Família, que teve de superar muitas provas dolorosas, vele sobre todas as famílias do mundo. Ela continua sendo o modelo de vida familiar, principalmente sobre aquelas que vivem em situações difíceis. Que ela ajude os homens de todas as esferas da sociedade e os responsáveis políticos para que defendam a instituição familiar fundada no matrimônio e a apoiem ao enfrentarem os graves desafios do tempo presente. Que a partir de Nazaré possamos olhar, escutar, meditar e contemplar o significado profundo da manifestação do Filho de Deus em nosso meio, na força frágil de uma criança como Jesus.
Padre Bantu Mendonça K. Sayla

terça-feira, 5 de abril de 2011

Castidade no Matrimõnio - Parte 1


Essa autenticidade do amor requer fidelidade e retidão em todas as relações matrimoniais. Comenta São Tomás de Aquino que Deus uniu às diversas funções da vida humana um prazer, uma satisfação; esse prazer e essa satisfação são, portanto, bons. Mas se o homem, invertendo a ordem das coisas, procura essa emoção como valor último, desprezando o bem e o fim a que deve estar ligada e ordenada, perverte-a e desnaturaliza-a, convertendo-a em pecado ou em ocasião de pecado.
A castidade - que não é simples continência, mas afirmação decidida de uma vontade enamorada - é uma virtude que mantém a juventude do amor, em qualquer estado de vida. Existe uma castidade dos que sentem despertar em si o desenvolvimento da puberdade, uma castidade dos que se preparam para o casamento, uma castidade daqueles a quem Deus chama ao celibato, uma castidade dos que foram escolhidos por Deus para viverem no matrimônio.
Como não recordar aqui as palavras fortes e claras com que a Vulgata nos transmite a recomendação do Arcanjo Rafael a Tobias, antes de este desposar Sara? O anjo admoestou-o assim: Escuta-me e eu te mostrarei quem são aqueles contra os quais o demônio pode prevalecer. São os que abraçam o matrimônio de tal modo que excluem Deus de si e de sua mente, e se deixam arrastar pela paixão como o cavalo e o mulo, que estão desprovidos de entendimento. Sobre esses o diabo tem poder.
Não há amor humano puro, franco e alegre no matrimônio se não se vive a virtude da castidade, que respeita o mistério da sexualidade e o faz convergir para a fecundidade e a entrega. Nunca falei de impureza e sempre evitei descer a casuísticas mórbidas e sem sentido, mas, de castidade e de pureza, da afirmação jubilosa do amor, sim, falei muitíssimas vezes e devo falar.
A respeito da castidade conjugal, assevero aos esposos que não devem ter medo de expressar o seu carinho, antes pelo contrário, pois essa inclinação é a base da sua vida familiar. O que o Senhor lhes pede é que se respeitem e que sejam mutuamente leais, que se confortem com delicadeza, com naturalidade, com modéstia. Dir-lhes-ei também que as relações conjugais são dignas quando são prova de verdadeiro amor e, portanto, estão abertas à fecundidade, aos filhos.
Cegar as fontes da vida é um crime contra os dons que Deus concedeu à humanidade e uma manifestação de que a conduta se inspira no egoísmo, não no amor. Então tudo se turva, os cônjuges chegam a olhar-se como cúmplices; e produzem-se dissensões que, a continuar nessa linha, são quase sempre insanáveis.
Quando a castidade conjugal acompanha o amor, a vida matrimonial torna-se expressão de uma conduta autêntica, marido e mulher compreendem-se e sentem-se unidos; quando o bem divino da sexualidade se perverte, a intimidade se destrói, e marido e mulher já não se podem olhar nobremente nos olhos.
Os esposos devem edificar a sua vida em comum sobre um carinho sincero e limpo, e sobre a alegria de terem trazido ao mundo os filhos que Deus lhes tenha conferido a possibilidade de ter, sabendo renunciar a comodidades pessoais e tendo fé na Providência. Formar uma família numerosa, se tal for a vontade de Deus, é penhor de felicidade e eficácia, embora afirmem outra coisa os autores de um triste hedonismo.
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por São José Maria Escrivá

Os Filhos São Nosso Tesouro


Nós somos frutos da educação dos nossos pais, de suas orações, carinho, e correções que eles fizeram na hora certa. E assim nós também lutamos para formar a nossa família. Ela é assim, cheia de alegrias, com momentos de tristeza, com algumas decepções, somos uma família normal, mas que clama a Deus todos os dias.
E como pai o meu clamor é diário, e antes mesmo de me casar eu já pedia a Deus que Ele me desse uma paternidade coerente, vivida no amor e não no autoritarismo ou na ditadura, mas que fosse um ensinar e aprender com a minha esposa e com os meus filhos.

Então sempre peço a Deus que aconteça na vida das nossas filhas um eterno caminhar para o céu, porque o nosso lugar é lá. Meu clamor diário é: “Senhor que o nosso olhar nunca se desvie do céu”. Muitas vezes a gente se esquece, se perde, mas Deus vem sempre em nosso auxilio, porque temos um Deus que está muito mais interessado do que nós na nossa família, Ele sonha com a nossa felicidade.

Vale a pena ser família, ter e querer filhos. Muitas coisas que aprendemos que é a nossa base, nós encontramos nos livros do professor Felipe Aquino, e mesmo antes de vir para a comunidade nós já liamos os seus livros e também eramos formados pelas pregações do Monsenhor Jonas Abib.

E precisamos buscar conhecimento para aprendermos a lidar com eles, por isso nós precisamos conhecer a Sagrada Escritura o Catecismo da nossa Igreja, não podemos nos deixar levar como fala aquela música, “deixa a vida me levar”, esta música não pode fazer parte da nossa vida de cristãos.

O exercício é dado pelo exemplo dos pais, ir a Santa Missa com os nossos filhos, esses são valores cristãos que colocamos neles quando crianças. São ordens que vamos dando e geramos neles senso de responsabilidade, justiça, honestidade e fé. As crianças aprendem mais pela imitação do que pelo entendimento, os nossos atos falam mais do que as nossas palavras.

No livro do professor Felipe Aquino “Santuário da Vida” ele nos fala das correções que precisamos fazer, porque muitas vezes corrigimos os nossos filhos de forma errada e na frente dos amigos.

Eu como mãe, precisei enxergar os meus limites e ver que eu precisava de paciência da mesma maneira que eu tinha no meu trabalho, e a mesma misericórdia com que eu tratava os jovens que nos procuravam na paróquia onde participávamos . Eu precisava agir também em casa, porque muitas vezes eu era uma general com minhas filhas.





O demônio tem a astucia de fazer com que percebamos os defeitos e erros dos nossos filhos, e quando isso acontece, não conseguimos olhar as qualidades e habilidades que eles possuem. E como é bom ouvir das pessoas os elogios que fazem aos nossos filhos.

Em casa nós vemos as deficiências, mas é no ambiente familiar que nós temos chance de conversar, corrigir, de rezar, e ter uma vida que agrade a Deus. Nós não temos direitos de posse sobre eles, mas temos a responsabilidade de educá-los e formá-los. Não podemos ter medo de ensinar os nossos filhos a serem Católicos Apostólico Romanos. Eles não podem ser educados para serem católicos de IBGE, católicos só nas estatísticas, precisamos ensiná-los a viver os sete Sacramentos e dizer a eles que somos católicos porque amamos a Deus e O respeitamos. Uma família é capaz de suportar grandes tormentos quando se vive em Deus

É importante que na educação moral, ética, e cristã, nós ensinarmos os valores da castidade, não podemos ter medo de transmitir valores morais e cristãos, é para o bem deles.

Não temos o direito de exigir, mas temos o dever de orientar, auxiliá-los nas dificuldades. Muitas vezes os filhos começam a namorar muito cedo, por carência afetiva, porque faltou carinho em casa, porque nós pais, muitas vezes estamos preocupados em dar um futuro para os nossos filhos e nos esquecemos de estar com eles. E isso é tão verdadeiro que ao perguntarem para as nossa filhas o que mais as marcou, elas responderam que, não foram os presentes que marcaram mas o dia em que pedi perdão a elas.

Nossos filhos são inteligentes, sabem ver quando acertamos e quando erramos, mas muitas vezes nos escondemos atrás da nossa autoridade de pais. Os nossos filhos percebem no nosso comportamento o que é justo, o que é correto. Eles não nos medem, ou estão lá para apontar os nossos erros mas são atingidos por eles.

Precisamos formar os nossos filhos na liberdade mas também na responsabilidade. A casa não pode estar a deriva, e quem é o sacerdote da casa? É o pai.

Se o teu filho for para o inferno, vá até o inferno tirar o seu filho e trazê-lo para Deus. (Prof. Felipe Aquino – Livro Santuário da Vida). Deus precisa da sua família para refletir ao mundo o quanto Ele ama o seu povo, o quanto Ele ama a humanidade.

Fonte> Canção Nova

Pais e Filhos

Ontem nós falamos um pouco sobre a primeira dimensão da família: o matrimônio. E hoje eu quero falar sobre os filhos.

Deus disse: “Crescei e multiplicai-vos”. Está é uma ordem de Deus, um mandato, não é um pedido de Deus, mas uma ordem concreta. O Catecismo da Igreja Católica diz que os filhos são os maiores frutos do matrimônio



Quando nos casamos fazemos três promessas no altar, e nas três promessas nossa resposta precisa ser do fundo da alma, se não respondemos convictos - ou somos de algum modo forçados - o casamento não valeu, este casamento é nulo. O primeiro ponto do casamento é o consentimento; é dizer: eu quero do fundo da alma, eu aceito livremente viver estas promessas. A segunda promessa é a de fidelidade. "Você promete ser fiel por toda a vida?" Este é segundo sim que precisa ser dito do fundo da alma. Fidelidade é não procurar outra pessoa de nenhuma forma. E a terceira promessa é a disposição em receber os filhos que Deus conceder e educá-los na fé da Igreja Católica.

O casamento não é uma profissão, não é um passatempo. Nós casamos para fazer a outra pessoa mais feliz. Assim como o sacramento da ordem é uma missão que exige sacrifício e renuncia de si mesmo, o matrimônio também é uma missão. Nós casamos para gerar filhos para Deus, nós apenas damos à criança o elemento material, mas é Deus quem gera a vida, é Deus que coloca a alma humana, então os filhos são de Deus.

O Papa Paulo VI dizia que o "casal humano é a nascente da vida", por isso o sentido do casamento é gerar vida, gerar os futuros habitantes do céu. O ato fundante da vida é o ato de amor de seus pais no momento conjugal, a Igreja não quer que as crianças sejam geradas em uma proveta, em um laboratório, por um médico, por um bioquímico, a criança tem o direito de ser gerado por seus pais, diz a Igreja. A Igreja Católica entende o sofrimento de todos os casais que não conseguem ter filhos, e apoia todos os tratamentos médicos possíveis para gerar filhos, mas não aceita a inseminação artificial. O Catecismo da Igreja Católica diz que os casais que tentaram os tratamentos e mesmo assim não conseguiram ter filhos, que assumam este sofrimento junto com a Cruz de Cristo. A Igreja recomenda para casais que não podem ter filhos, que adotem, ou se você não quer adotar uma criança coloque sua vida a serviço das crianças abandonadas. O Papa João Paulo II fala que o ato de educar é a continuidade do ato de gerar

Quero partilhar com você a palavra em Eclesiástico que fala dos filhos, só neste trecho encontrei oito promessas de Deus.

“Ouvi, ó filhos, a advertência de um pai, e procedei de tal modo que sejais salvos Deus honra o pai nos filhos e confirma, sobre eles, a autoridade da mãe. Quem respeita sua mãe é como alguém que ajunta tesouros. Quem honra seu pai terá alegria em seus próprios filhos; e, no dia em que orar, será atendido. Quem honra seu pai terá vida longa, e quem obedece ao pai é o consolo da mãe. Quem teme o Senhor honra seus pais e como a senhores servirá aos que o geraram. Com obras e palavras honra teu pai, para que dele venha sobre ti a bênção. A bênção do pai consolida a casa dos filhos, mas a maldição da mãe destrói até os alicerces.” (Eclesiástico 3, 2-11)

tábua estão os três primeiros mandamentos que falam de Deus e logo depois o primeiro mandamento da segunda tábua fala dos pais. João Paulo II fala que abaixo de Deus estão os pais, este trecho de Eclesiástico, é uma chuva bênção.

A bênção do pai é a bênção de Deus, Deus te deu a vida através de seus pais e vai te dar a sua bênção também através de seus pais. Quando você beija a mão de seu pai e sua mãe, ou beija a mão de um bispo, ou de um padre, isto não é idolatria, e sim um pedido de bênção para alguém que teve as mãos abençoadas por Deus. A caridade de cuidar do pai na velhice não será esquecida. É fácil amar o pai quando ele é jovem, quando ele tem dinheiro, quando ele está bem, mas a bênção cairá sobre aquele que amar o pai quando ele precisa de cuidados, quando ele já não tem forças nas pernas, quando ele molha as calças. Deus também sabe que tem muito pai e mãe chatos, com problemas, que são realmente difíceis, mas a melhor forma é o amor. O padre Jonas nos ensinou, nos encontro de jovens a muitos anos atrás, dizendo: “Vingue-se de seus pais, amando”

O filho precisa ser corrigido, mas o que mais dói no filho é quando tiramos a sua liberdade, dói na alma, dói mais que umas chineladas. Você que é pai, Deus te deu autoridade e você precisa aplicar o castigo adequado, e corrigir o seu filho; não é humilhá-lo. Você também precisa conquistar seu filho, e não é dando coisas, mas, com carinho, com amor, é se dando ao seu filho, você precisa respeitar seu filho. Pai e mãe, não podem chegar em casa com o sangue quente e xingar e bater nos filhos, você não pode corrigir quando tiver nervoso, pois você vai falar besteira e fazer besteira, mas corrigir na hora e da maneira certa, levando seu filho para o quarto e, somente os dois, corrigí-lo, assim você vai conquistar o respeito do seu filho.

Os pais são os representantes de Deus na terra para os filhos, e filhos que tem uma visão errada dos pais, terão também uma visão errada de Deus. Antes de falar que Deus ama seu filho, que Jesus ama seu filho, você precisa dizer e demonstrar que ama o seu filho.


Transcrição e adaptação: Carlos Eduardo

Felipe Aquino - Canção Nova

Precisamos Fazer A Opção Pelo Amor

Júlio: Se você pensar a nossa sociedade moderna, muito dos nossos costumes, tem levado as pessoas à infertilidade. Na nossa sociedade atual temos uma vida muito fácil e o sedentarismo é uma das causas de infertilidade. A correria do dia a dia, a jornada dupla de trabalho da mulher, o stress das nossas cidades, tudo isso é mais um fator para infertilidade. A má alimentação - porque no corre-corre - nos alimentamos mal. A nossa alimentação, os hormônios que são colocados para o gado e para o frango crescer, tudo isto pode ser um fator.

::Ouça o testemunho sobre adoção do casal Júlio e Adelita


Não existem pesquisas sobre isso, até existem, mas não são divulgadas, porque tem muito interesse econômico por detrás. Como o cigarro no início, onde depois que as industrias lucraram muito com o cigarro, vieram à tona as pesquisas de quanto o cigarro era um veneno para a saúde, mas depois que muita gente lucrou com o cigarro.



O que eu quero trazer para você hoje é que seja por qualquer motivo que você, ou alguém da sua família, tenha se tornado infértil, não tem problema, porque a Igreja nos dá uma opção, a da adoção, não precisa de inseminação artificial. A resposta da Igreja é sempre o amor, porque no caso de uma adoção o amor se torna muito maior do que um filho biológico, esta é a nossa experiência. Adotar um filho não é questão de fazer caridade e sim de completar uma família, um filho adotivo completa a nossa família.

Adelita: a vida humana desde a sua concepção, ali na fecundação está a alma, tem um anjo lardeando. N estou julgando as pessoas que já fizeram inseminação, mas n se pode brincar com uma alma, com uma vida. Existe uma opção pra você que não pode ter filhos, e é sobre isto que vamos falar hoje..

Fonte: Canção Nova

O Sentido da Família e do Matrimônio

Meus irmãos, é muito importante meditarmos e rezamos pelas famílias. Na pregação de hoje, quero conversar sobre o sentido da família e do matrimônio.

Quando Deus uniu Adão e Eva - o primeiro casal - Ele disse: “Crescei e multiplicai-vos” (cf. Gn 1,28). Isto é o que Deus quer da família. Primeiro crescer, um ajudar o outro a ser melhor, mais paciente, bondoso, ter mais fé… e, depois, Deus disse multiplicai-vos.

Ao criar o homem, Deus foi buscar dentro Dele, sua imagem e semelhança... Deus não olhou para a pedra, para os pássaros, para os animais para nos fazer... Ele olhou para Si mesmo. Nós sabemos a nossa dignidade, fomos criados a imagem e semelhança Dele, com uma alma.

E como é que o ser humano vai existir no mundo? Através da família.

Se formos analisar os casos de abortos, veremos que por trás de cada um, faltava uma família. A mãe solteira, o rapaz que gerou a criança e desapareceu... Eu nunca vi um animal abandonar sua cria, mas já vi muitos homens abandonar seu filho... Quem gera um filho e não o assume não merece ser chamado de homem, é um covarde... Essa criança vai crescer sem uma família, um lar, uma estrutura.

Onde existe uma família, a criança não é abortada. Porque ali se protege a vida, se ama a vida... Desde o ventre materno até o leito da morte, a vida está ameaçada.

Cada um de nós precisa arregaçar as mangas e trabalhar pela família. “Não pode existir uma paróquia onde não exista o Movimento de Casais”. Quem disse esta frase foi o Papa João Paulo II. Porquequando você trabalha a família você trabalha com todo mundo. Salva todo mundo. A família é a Igreja doméstica.

Muitas coisas têm tentado destruir as famílias, o adultério, as famílias “alternativas”...

Eu gosto de dar esse exemplo: um engenheiro ao projetar um ventilador, vai especificar no manual de instruções todos os detalhes, a voltagem, como ele deve ser instalado. Não adianta chegar outra pessoa e tentar ligar o ventilador que é 110V em 220V para que ele fique mais potente, porque ele vai queimar. Ele não foi feito para isso.

Mas é isso que estamos fazendo com o ser humano. Deus criou o homem e lhe disse: “vou lhe dar uma ajuda adequada”, e fez a mulher.



Em Eclo 26, 1-3 diz: “Feliz o homem que tem uma boa mulher, pois, se duplicará o número de seus anos. A mulher forte faz a alegria de seu marido, e derramará paz nos anos de sua vida. É um bom quinhão uma mulher bondosa; no quinhão daqueles que temem a Deus, ela será dada a um homem pelas suas boas ações”.

Uma mulher boa, que ama seu marido. Ninguém pode ajudar tanto um homem quanto a mulher que o ama, e vice-versa... Santo Agostinho explicava que, ao criar a mulher, “Deus não tirou um pedaço do calcanhar do homem, porque a mulher não é para ser pisada, e nem tirou do cérebro, porque ela não foi feita para mandar no homem. Mas tirou do lado, da costela, para ser companheira”.

Se não vivermos de acordo com o projeto de Deus, a humanidade vai sofrer muito. Se a família não dar o amor, os jovens irão se perder... porque não tiveram o colo de um pai, de uma mãe. Não podemos deixar nenhuma criança abandonada.

O Papa João Paulo II disse na Carta às Famílias que as pessoas que não fizerem uma experiência do amor nunca serão felizes, porque fomos feitos para o amor.

É no calor familiar que você trata dos seus problemas. Não tem tratamento melhor para a depressão do que a própria família, ajudar essa pessoa, saber amá-la, acolhê-la... e quando não tem família, essa pessoa vai chorar na rua, no psiquiatra...

O casamento é tão importante que Deus o transformou em sacramento do matrimônio. Ele quis que a união natural do homem e da mulher fosse transformada em uma graça especial.

Quando Jesus entrou no mundo, Ele entrou pela família, pela instituição que o Pai já havia criado. Quando José quis abandonar Nossa Senhora, o anjo lhe apareceu dizendo para ele não ter medo. Deus quis que José fosse o pai de Jesus.

E Jesus viveu 30 anos na família de Nazaré, obediente a seus pais, trabalhando como carpinteiro... e só saiu daquela família para viver a paixão e morte para nos salvar.

Uma família não começa de repente... tudo começa num bom namoro. O namoro é a época da escolha, de conhecer os valores, ver as afinidades. Não é todo mundo que combina com todo mundo... Muitas vezes as paixões nos cegam e escondem a realidade do outro. Aí depois de casados, parece que você está com uma pessoa desconhecida... você se assusta e quer se separar... porque você não conheceu aquela pessoa.

Viva seu namoro com seriedade porque é o primeiro alicerce que você está colocando em sua casa, que vai sustentar toda a casa...

Jesus disse: “amai-vos uns aos outros”. Mas não parou aí, Ele disse ainda: “como eu vos amei”. E como Ele nos amou? Através da cruz.

Amar não é só quando estamos apaixonados, o romance, o carinho... Isso não é amor, são manifestações do amor... Amar é muito mais, é a disposição de morrer pelo outro se for preciso.

São Paulo disse em suas cartas: “Maridos amai vossas esposas como Cristo amou sua Igreja e se entregou por ela”. É esse amor que falta entre os casais, o amor de Deus.

Os jovens estão levando para o casamento uma caricatura do amor... mas um casamento não se sustenta com isso. O amor de Deus é diferente do amor dos homens. É o amor que se doa pela felicidade do outro... não tem jeito, se eu quiser dizer sim para você eu tenho que dizer não para mim... O amor é assim, dizer não para mim mesmo para dizer sim ao outro...

A pior coisa que existe num casamento é o um casal egoísta. É como duas bolas de bilhar que só se encontram para se separar... O casal precisa ser uma só carne, se entender, caminhar juntos... ser uma unidade profunda... não vai haver rivalidade entre vocês... serão um projeto só.

No casamento só existe a primeira pessoa do plural: “nós”. Não pode existir o “eu”, o “meu”, mas sim, o “nosso carro”, a “nossa casa”, as “nossas alegrias”, “nossos problemas”, “nossos sonhos”, “nossos projetos”...

Se você misturar um pouco de arroz e feijão cruz em um prato, é muito fácil de separá-los. Porque embora eles estejam juntos, não estão unidos. Mas se você misturar em um copo, café com leite, não há nada que os separe depois, porque estão unidos. Formaram um outro produto. É assim que Deus quer seu casamento.

A unidade se faz com o Amor de Deus... o amor é mais forte que a morte, esse foi exemplo de Jesus – o amor de Jesus por nós foi mais forte do que a dor que Ele sentiu na cruz.

Se o casal não buscar a Deus, não vai ter força para ser fiel e amar por toda a vida.

A beleza do casamento é construir o outro. Amar não é querer alguém pronto, mas é construir alguém que você ama, que você escolheu. Só o amor constrói, não tem outro instrumento. Deus vai nos agradecer muito. Quando você chegar lá no céu, Ele vai dizer: “eu te dei um homem complicado, mas parabéns, sua fé, paciência, amor, seus 'joelhos dobrados' mudaram esse homem”.

Crescer é você ver o tempo passar, os filhos crescerem, e ver que você continua do lado daquela pessoa... Não é fácil você amar a mesma pessoa todos os dias, mas você jurou fidelidade a ela... É muito fácil você jogar fora as alianças nas dificuldades, mas o que você vai dizer a Deus quando estiver diante Dele?

Fidelidade é a coluna vertebral do casamento, da família... Não posso desejar outra mulher, outro homem, que não é o meu... Não posso ficar de brincadeirinha com outra pessoa na internet... traindo meu cônjuge, minha família... meus filhos...

O convite mais comum hoje no mundo é para você trair seu cônjuge... Mas você precisa olhar para Jesus e por amor a Ele e a pessoa com quem você se casou, deve continuar fiel.

O casal deve ficar atento para viver bem sua sexualidade. O casal tem direito ao prazer sexual, e precisa buscar se satisfazer sexualmente, sem os absurdos que existem aí do sexo anal e oral, mas eles têm esse direito. O homem precisa ajudar a mulher a ter a satisfação também, para que os dois sintam esse prazer sexual, que foi um presente de Deus dado ao casal.

Peçamos a Deus a graça para construir essa família de acordo com o projeto de Deus.

Felipe Aquino

felipeaquino@cancaonova.com Formado em Matemática, tendo concluído o Mestrado e o Doutorado em Engenharia Mecânica. É pregador de Retiros de Aprofundamentos, em todo o país.