terça-feira, 1 de maio de 2012

Conteúdo Adequado Para Quem Quer Mais Que Uma Vida a Dois

Namorar alguém que já foi casado

Algumas moças e rapazes católicos aceitam um namoro com alguém divorciado por medo de ficarem sós. É verdade que o casamento de um divorciado pode ser declarado nulo pela Igreja, mas é um processo que nem sempre é rápido. E não se pode casar sem a declaração de nulidade dada pelo Tribunal da Igreja. É melhor ficar só do que violar a Lei de Deus; pois ninguém pode ser plenamente feliz se não cumpre a vontade d’Ele. Portanto, saiba o que você quer, e saiba conquistá-lo sem se render. Não se faça de cego nem de surdo, tampouco de desentendido

O conhecimento

Para que você possa chegar um dia ao altar, você terá que escolher a pessoa amada; e para isso é fundamental conhecê-la. O namoro é o tempo de conhecer o outro. Mais por dentro do que por fora. E para conhecer o outro é preciso que ele “se revele” e se mostre. Cada um de nós é um mistério, desconhecido para o outro. E o namoro é o tempo de revelar (= tirar o véu) esse mistério. Cada um veio de uma família diferente, recebeu valores próprios dos pais, foi educado de maneira diferente e viveu experiências próprias, cultivando hábitos e valores distintos. Tudo isso vai ter que ser posto em comum, reciprocamente, para que cada um conheça a “história” do outro. Há que revelar o mistério!

Se você não se revelar, ele não vai conhecê-la, pois este mistério, que é você, é como uma caixa bem fechada e que só tem chave por dentro. É a sua intimidade que vai ser mostrada ao outro, nos limites e na proporção em que o relacionamento for aumentando e se firmando. É claro que você não vai mostrar ao seu namorado, no primeiro dia de namoro, todos os seus defeitos. Isso será feito devagar, na medida em que o amor entre ambos se fortalecer. Mas há algo muito importante nessa revelação própria de cada um ao outro: é a verdade e a autenticidade. Seja autêntico e não minta. Seja aquilo que você é – sem disfarces e fingimentos – mostre ao outro, lentamente, a sua realidade.

A mentira destrói tudo, principalmente, o relacionamento. Não tenha vergonha da sua realidade, dos seus pais, da sua casa, dos seus irmãos, entre outros. Se o outro não aceitar a sua realidade, e deixá-lo por causa dela, fique tranqüilo, esta pessoa não era para você, pois não o ama. Uma qualidade essencial do verdadeiro amor é aceitar a realidade do outro.

Amor à primeira vista

O amor pelo outro cresce à medida que você o conhece melhor. Não existe verdadeiro amor à primeira vista. Não se ama alguém que não se conhece. Não fique cego diante do outro por causa do brilho da sua beleza, da sua posição social ou do seu dinheiro. Isso o impediria de conhecê-lo interior e verdadeiramente. Não esqueça: “O importante é invisível aos olhos”. E “Só se vê bem com o coração”. São Paulo nos lembra que o que é material é terreno e passageiro, mas o que é espiritual é eterno. Tudo o que você vê e toca pode ser destruído pelo tempo, mas o que é invisível aos olhos está apegado ao ser da pessoa e nada pode destruir. Esse é o seu verdadeiro valor.

Sexo

O namoro não é o tempo de viver a vida sexual; ela ainda não pertence ao casal; vocês não colocaram ainda uma aliança na mão esquerda; amanhã ela ou ele poderá se casar com outro… O sexo é o selo da união matrimonial.

A beleza do corpo dela, hoje, embora seja importante, amanhã não existirá mais quando o tempo passar e os filhos crescerem… O amor não é um ato de um momento, mas se constrói “a cada momento”. Não se pode conhecer uma pessoa “à primeira vista”, é preciso todo um relacionamento. Só o tempo poderá mostrar se um namoro deve continuar ou terminar, quando cada um poderá conhecer o interior do outro, e então, avaliar se há nele as exigências fundamentais que você fixou.

Prof. Felipe Aquino